sábado, 17 de abril de 2010

QUANDA SERÁ TEU ENCONTRO COM DEUS?

Jeremias 32:19 - "...Grande em conselho, e magnífico em obras; porque os teus olhos estão abertos sobre todos os caminhos dos filhos dos homens, para dar a cada um segundo os seus caminhos e segundo o fruto das suas obras..."

Paz de Cristo querido irmão.

Nosso Deus é um Deus Onipotente (tem todo o poder), Onipresente (está em todos os lugares ao mesmo tempo), Onisciente (tem todo o conhecimento).
Podemos ver alguns desses atributos do Senhor expresso no Salmo 139... Vejamos: "Os Teus olhos estão abertos sobre todos os caminhos dos filhos dos homens...", podemos ver em Provérbios 15:3 que os olhos do Senhor estão em todos os lugares contemplando os bons e os maus isso quer dizer?

Quer dizer que quaisquer que sejam as nossas obras, as nossas ações, o Senhor está de olho em todos os momentos de nossas vidas. Um dia teremos que prestar contas com Deus e sabemos que ELE é exatamente JUSTO e de todas as coisas teremos que prestar contas, para assim sermos recompensados, pelas nossas boas e más obras tudo será depositado na fiel balança do Senhor. E aí meu amigo? Se seu acerto de contas fosse hoje, como estaria a balança do Senhor?

Pendendo para o lado dos bons frutos ou dos maus frutos? De 0 a 10, que nota você tiraria, se fosse avaliado pelo Senhor hoje? Sabemos muito bem dos mandamentos de Jesus, amar a Deus acima de todas as coisas e amar ao próximo como a si mesmo, e aí? Como está à balança hein? Meu amigo, nunca se apresse para fazer o mau, mas esteja pronto em todo o tempo para fazer o bem!

Nunca se esqueça que tudo será cobrado talvez Jesus demore mais de cem anos para voltar, mas, e você? Viverá mais que cem anos? E se o seu encontro com Jesus estiver agendado para amanhã? Não tem como adiar, Pense bem: Quantas pessoas tiveram o seu encontro com Jesus, exatamente neste segundo, enquanto você lê esta mensagem? Não há segundas oportunidades! Então, procure fazer a vontade do Senhor, no hoje, no agora porque o terreno do amanhã é incerto demais!

Que sua vida seja ricamente abençoada em nome de Jesus

Marcos Leite
IGREIJA PRESBETERIANA DE ASSIS / SP

sexta-feira, 16 de abril de 2010

PASSEIO SOCRÁTICO

Frei Betto

Ao viajar pelo Oriente mantive contatos com monges do Tibete, da Mongólia, do Japão e da China. Eram homens serenos, comedidos, recolhidos e em paz nos seus mantos cor de açafrão.

Outro dia, eu observava o movimento do aeroporto de São Paulo: a sala de espera cheia de executivos com telefones celulares, preocupados, ansiosos, geralmente comendo mais do que deviam. Com certeza, já haviam tomado café da manhã em casa, mas como a companhia aérea oferecia um outro café, todos comiam vorazmente. Aquilo me fez refletir: 'Qual dos dois modelo produz felicidade?'

Encontrei Daniela, 10 anos, no elevador, às nove da manhã, e perguntei: 'Não foi à aula?' Ela respondeu: 'Não, tenho aula à tarde'. Comemorei: 'Que bom, então de manhã você pode brincar, dormir até mais tarde'. 'Não', retrucou ela, 'tenho tanta coisa de manhã...'. 'Que tanta coisa?', perguntei. 'Aulas de inglês, de balé, de pintura, piscina', e começou a elencar seu programa de garota robotizada. Fiquei pensando: 'Que pena, a Daniela não disse: 'Tenho aula de meditação!'

Estamos construindo super-homens e super-mulheres, totalmente equipados, mas emocionalmente infantilizados.

Uma progressista cidade do interior de São Paulo tinha, em 1960, seis livrarias e uma academia de ginástica; hoje, tem sessenta academias de ginástica e três livrarias! Não tenho nada contra malhar o corpo, mas me preocupo com a desproporção em relação à malhação do espírito. Acho ótimo, vamos todos morrer esbeltos: 'Como estava o defunto?'. 'Olha, uma maravilha, não tinha uma celulite!' Mas como fica a questão da subjetividade? Da espiritualidade? Da ociosidade amorosa?

Hoje, a palavra é virtualidade. Tudo é virtual.. Trancado em seu quarto, em Brasília, um homem pode ter uma amiga íntima em Tóquio, sem nenhuma preocupação de conhecer o seu vizi­nho de prédio ou de quadra! Tudo é virtual.. Somos místicos virtuais, religiosos virtuais, cidadãos virtuais. E somos também eticamente virtuais...

A palavra hoje é 'entretenimento'. Domingo, então, é o dia nacional da imbecilização coletiva. Imbecil o apresentador, imbecil quem vai lá e se apresenta no palco, imbecil quem perde a tarde diante da tela. Como a publicidade não consegue vender felicidade, passa a ilusão de que felicidade é o resultado da soma de prazeres: 'Se tomar este refrigerante, calçar este tênis, ­ usar esta camisa, comprar este carro, você chega lá!' O problema é que, em geral, não se chega! Quem cede desenvolve de tal maneira o desejo, que acaba­ precisando de um analista. Ou de remédios. Quem resiste, aumenta a neurose.

O grande desafio é começar a ver o quanto é bom ser livre de todo esse condicionamento globalizante, neoliberal, consumista. Assim, pode-se viver melhor. Aliás, para uma boa saúde mental, três requisitos são indispensáveis: amizades, auto-estima, ausência de estresse.

Há uma lógica religiosa no consumismo pós-moderno. Na Idade Média, as cidades adquiriam status construindo uma catedral; hoje, no Brasil, constrói-se um shopping center. É curioso: a maioria dos shoppings centers tem linhas arquitetônicas de catedrais estilizadas; neles não se pode ir de qualquer maneira, é preciso vestir roupa de missa de domingo. E ali dentro sente-se uma sensação paradisíaca: não há mendigos, crianças de rua, sujeira pelas calçadas...

Entra-se naqueles claustros ao som do gregoriano pós-moderno, aquela musiquinha de esperar dentista. Observam-se os vários nichos, todas aquelas capelas com os veneráveis objetos de consumo, acolitados por belas sacerdotisas. Quem pode comprar à vista, sente-se no reino dos céus. Se deve passar cheque pré-datado, pagar a crédito, entrar no cheque especial, sente-se no purgatório. Mas se não pode comprar, certamente vai se sentir no inferno.... Felizmente, terminam todos na eucaristia pós-moderna, irmanados na mesma mesa, com o mesmo suco e o mesmo hambúrguer do Mc Donald...

Costumo advertir os balconistas que me cercam à porta das lojas: 'Estou apenas fazendo um passeio socrático. Diante de seus olhares espantados, explico: 'Sócrates, filósofo grego, também gostava de descansar a cabeça percorrendo o centro comercial de Atenas. Quando vendedores como vocês o assediavam, ele respondia: "Estou apenas observando quanta coisa existe de que não preciso para ser feliz!" Ontem me senti assim!